Vampirações e Outros Mistérios...

O dindo do Rodrigo, meu primo Alessandro, é ator e faz teatro (adulto e infantil).

Há muito tempo prometi que levaria o Guigo para assistir a uma das peças infantis, promessa não cumprida e adiada tantas vezes...

No domingo assistimos "Vampirações e Outros Mistérios", uma peça que conta a história de um vampiro diferente e ganhou o Prêmio Tibicuera de Teatro Infantil.

No saguão do Teatro as crianças ganharam "maquiagem vampírica", uma tatuagem com o desenho da peça, que o Guigo ganhou de brinde na mãozinha e mostrava a toda hora.

Foi a estréia do gurizinho na platéia, e juro que pensei que a tarefa seria bem mais complicada, já que ele não fica quieto nem assistindo a desenhos...

Por isso até sentei num lugar estratégico, pronta para fugir da sala ao menor sinal de impaciência ou ameaça de pití.
Impaciência? Que nada.

Ele gostou, prestou atenção na peça, mostrava os personagens, e se assustou um pouco com o Conde Krápula e os gritos das meninas.

Mas não se convenceu de que aquele cara com barba e fala engraçada era o dindo: "non ié meu dido mãe...".

(Alessandro, como Capitão Morgen)

Coelhinho da Páscoa

Para entrar no clima de Páscoa, sábado visitamos a "Cidade dos Coelhos" no Bourbon Country: uma "cidade" com vários "orelhudos" de diversas espécies e tamanhos.

O Rodrigo gostou muito, ainda mais porque conseguiu pegar no colo um filhote de "colêlo", que ele chamou de bebê.

Nestas horas tive pena dos bichinhos, imaginando quantas mãozinhas nervosas (parecidas com as do meu gurizinho) eles ainda teriam que enfrentar durante a tarde.

Apesar de ter levado máquina fotográfica, tirei poucas fotos, porque os "modelos" (com e sem pelos) não colaboraram muito...

Filhote de tigre...

Sábado no supermercado, com o Rodrigo (que não dormiu depois do almoço e por isso foi junto...), pergunto:
- Filho, quer um salgadinho?
Vendo o balcão com salgados E carnes assadas, escolhe:
- Não quero "gagadinho" mãe, quero CARNE.

Rodriguinho RP

A cena já se repetiu várias vezes, em restaurantes, salas de espera de consultórios médicos ou até mesmo na rua: toda vez que passamos perto de alguém o Rodrigo cumprimenta com um "Oi!".

E recebe sorrisos em troca, algumas vezes acompanhados da observação "que bonitinho" (penso: "bonitinho, mas pestinha... Garanto que em meia hora com ele tua idéia muda...").

Na sexta-feira, depois da consulta com a dentista, trouxe o Guigo ao meu local de trabalho (bem, eu não faria isto se o chefe não estivesse viajando...) e o pequeno foi a "atração" durante o pouco tempo em que ficamos por aqui.

Uma colega queria que ele ficasse a tarde toda, "ah, deixa, ele pode ficar aqui desenhando...", e precisei explicar (porque ela não tem filhos e ainda pensa que os pequenos tem um botãozinho liga-desliga) que uma criança de dois anos não fica A TARDE INTEIRA desenhando, sem que tenha a curiosidade de explorar o ambiente (e atrapalhar o trabalho dos outros, claro...).

Na hora de ir embora, saiu dando tchau pra todo mundo, provando que sabe ser simpático e sociável, mas uma de minhas colegas recebeu um adeus especial:

"- Tchau amiga!".

Acho que o gurizinho tem futuro como relações-públicas...

Visita ao dentista

Hoje o Rodrigo teve consulta "oficial" com uma odontopediatra, já que a creche recebe visitas semanais de um dentista que auxilia na escovação e eventualmente coloca alguma observação nas agendas.
A doutora fez um questionário sobre os hábitos alimentares, perguntou se ele usava bico e fez algumas observações sobre o uso de mamadeira e o consumo de doces, bolachas recheadas e refrigerantes.
Bem, estes últimos tem acesso quase restrito lá em casa...

Não sou uma mãe "xiita radical", mas o Rodrigo só experimentou o sabor dos salgadinhos há pouco tempo e, mesmo assim, não compro.

Quanto aos refrigerantes, nossa casa era praticamente uma filial da Coca Cola Company (porque o Marcelo não bebia água de jeito nenhum), mas o pequeno só experimenta o gostinho e acaba bebendo sucos.
Fiquei impressionada quando a doutora comentou ter vários pacientes da idade do Rodrigo com um grande número de cáries, e, o pior: alguns precisam fazer tratamento de canal (culpa dos doces, bolachinhas, salgadinhos e outras "porcarias").
Curioso com a quantidade de aparelhos do consultório, o Guigo só reclamou na hora da escovação, mas tudo estava em ordem e só precisaremos voltar daqui a quatro meses.

O gurizinho já tem a dentição quase completa, e descobri por que ele anda enjoado nestes últimos dias: os dois últimos molares estão nascendo.
Definitivamente, deixou de ser bebê...

Democrático

Pergunto ao gurizinho:
- O Guigo é da mãe?
O pai também pergunta:
- O Guigo é do pai?
E ele responde, deixando a "vó Maía" feliz da vida:
- Não, o Guigo é da vó.

Cheguei!

Como diz o guri: "acabou ou ou ou ou".

Voltamos da praia ontem, eu e o Guigo (enquanto o Marcelo curte os seus últimos momentos de folga).

Estes dias de férias foram ótimos: sol, temperatura agradável, pouco vento e mar limpo. Aliás, só quem conhece o mar do Rio Grande do Sul sabe o que isso significa (nestas horas dá uma certa inveja de quem tem a praia à disposição o ano inteiro...).
O Guigo ADOROU o mar: corria para a água, atrás do pai, dos primos ou de qualquer outra pessoa disposta a ficar esperando a "onda grande". E todos os dias acordava pedindo: "quero praia".

No primeiro dia foi engraçado: logo que saímos do carro ele subiu na motoca, pedalou bastante, correndo de um lado para o outro pelo pátio da casa. À tarde não dormiu. Fomos até o mar, voltamos, e o guri ali, firme e forte, sem dar qualquer sinal de sono ou um bocejo qualquer.

Na hora de dormir, lá pelas onze da noite, só deu uma risadinha contente e apagou.

No segundo dia, não quis disperdiçar um minuto sequer e também não dormiu. Nos dias seguintes, mais cansado, voltou ao ritmo normal e deixou que eu aproveitasse algumas horas de sol.

Mas tudo o que é bom dura tão pouco...

Depois de vários dias de vida mansa, de pézinhos bisnaguinha descalços na areia, de brincadeiras sem hora determinada, o guri voltou para a creche hoje pela manhã.

Ele não gostou muito da idéia - acho que entendeu que a vida boa de criança em férias tinha terminado...